Quatro filmes inéditos e uma homenagem a Vladimir Carvalho marcam a nova edição do Cine Circulandô

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Em sua nova edição, o Cine Circulandô selecionou quatro curtas-metragens inéditos no estado e um clássico do documentário para a população do município de Itabaiana, no agreste paraibano. O projeto de exibição integra o 22º Circulandô, ação cultural promovida desde 2016 pelo Centro Estadual de Arte (Cearte). A sessão começa às 19h deste sábado, 13 de abril, na praça Epitácio Pessoa, centro de Itabaiana.

Em homenagem ao cineasta Vladimir Carvalho, que nasceu em Itabaiana, o Cine Circulandô exibirá um de seus filmes, “A pedra da riqueza” (1975), considerado um clássico do cinema documental brasileiro. Rodado nos garimpos do Vale do Sabugi, o curta analisa as duras condições impostas aos trabalhadores, que desconhecem o valor e o destino da matéria-prima extraída: o tungstênio, utilizado para fins nucleares.

O restante do programa é formado por quatro curtas-metragens inéditos na Paraíba. Inspirada na composição “Martelo Agalopado (improviso)”, de Diniz Vitorino e Silveira, a produção goiana “O Violeiro Fantasma” é uma explosão de formas, cores e criatividade, uma prova do ótimo momento vivido pelo cinema de animação brasileiro. Realizada em Campina Grande, “A ética das hienas” estreou nacionalmente em janeiro na Mostra de Tiradentes e tem no elenco nomes atores de diferentes gerações: Marcélia Cartaxo, Fernando Teixeira, Suzy Lopes, Servilio de Holanda, Tavinho Teixeira e Daniel Porpino.

Realizado a partir de depoimentos, a animação goiana “O malabarista” faz um sensível elogio aos artistas de rua, abordando suas histórias, dificuldades e motivações. Encerrando a sessão, o documentário “Maré” se vale da força ancestral de um quilombo de Cachoeira, na Bahia, situado entre o mangue e a maré.

Ao programar curtas contemporâneos, o Cine Circulandô oferece ao público da Itabaiana a oportunidade de se atualizar sobre a produção nacional e filmes feitos no próprio estado, inserindo o interior da Paraíba no circuito de exibição do cinema independente brasileiro. “Além disso, programar um clássico de Vladimir Carvalho é um estímulo à relação com a própria história e com obras importantes da nossa cinematografia”, diz o programador do Cine Circulandô, o pesquisador e crítico André Dib.

Além da sessão de cinema, seis atividades formativas integram a 22ª edição do Circulandô nos dias 13 e 14 de abril, nas áreas de dança, teatro, música e artes visuais e cinema, em oficinas a serem realizadas no Centro de Convivência, em parceria com a Prefeitura Municipal de Itabaiana.

Fonte: Cearte